terça-feira, 26 de outubro de 2010

O SALMÃO E O PEIXINHO
            Era uma vez um Salmão, um salmão bonito, grande, gordo e de um prateado azul brilhante. Um dia, o Salmão acordou triste, na sua subida anual do rio e começou a pensar.”Mas porque é que eu aqui vou? Para quê este esforço tão grande, de subir este rio tão comprido e com uma corrente tão forte?” E nessa altura, o Salmão deixou-se arrastar pela corrente, e foi descendo, descendo, até que foi parar a uma zona larga e calma do rio. Quando chegou, o Salmão encontrou um Peixinho, um peixe pequeno e sem graça, mas como tinha um ar simpático, o Salmão meteu conversa: “- Então de onde és? O que fazes…? O peixinho contou-lhe que era dali mesmo e que costumava passar o dia por ali a comer, com os outros peixes iguais a ele. Deixou o Salmão ficar com eles o tempo que ele quisesse, embora tivesse achado estranho esse pedido, de um peixe tão forte como o Salmão. Mas sim, o rio era longo naquela zona e havia comida que sobre para todos. No dia seguinte, o Salmão começou a lembrar-se das suas aventuras no mar, e da sua subida do rio do ano anterior. Então e descobriu alguma coisa dentro dele, continuava sem saber o objectivo de todo aquele esforço da subida do rio. Mas sabia que não podia ficar ali no rio largo a vida inteira nem podia deixar-se assim arrastar pela corrente. Tinha de subir o rio. Tinha de ir, contra corrente e chegar à nascente. Com os outros salmões. E essa ideia, de subir ao rio, mesmo que sem razão aparente, dava-lhe força. A tristeza com que tinha acordado desapareceu, e estava de novo alegre e cheio de vida como antes. E lá foi ele a tentar escapar aos ursos e a fugir das rochas mais afiadas.
MORAL DA FÁBULA: Todos na vida devemos ter um objectivo a atingir.

Diogo Figueiredo